No artigo de hoje, o Dr. Alan Landecker comenta sobre a impressão clínica entre os rinologistas a respeito do aumento do número de infecções pós-rinoplastia desde o início da pandemia.
Além disso, o Dr. Alan analisa alguns casos que apareceram na Clínica Landecker e quais as providências foram tomadas – aquelas que resultaram em mais de 50 casos novos sem infecção desde que as cirurgias começaram a ser realizadas exclusivamente no Hospital Israelita Albert Einstein.
Veja a seguir!

Cenário mundial
O Dr. Alan Landecker diz:
“É consenso mundial de que houve aumento no número de casos de infecção pós-rinoplastia desde o início da pandemia.
Como nós sabemos isso?
Conversamos com colegas aqui no Brasil e no mundo. Nós fizemos pesquisas entre os principais cirurgiões plásticos que se dedicam somente à rinoplastia e, em 81% deles, há essa impressão clínica de que houve um aumento nessa variável. E, também checamos essa informação com o Dr. Dean Toriumi, de Chicago, que é, provavelmente, o melhor cirurgião do mundo atualmente.
O fato é que isso são impressões clínicas. É preciso ratificar essa informação através de estudos clínicos sérios que, certamente, vão ser realizados após o final da pandemia.
Qual seria a causa?
Todos os cirurgiões disseram que as máscaras podem ser uma das causas desses problemas. Óbvio, todos nós precisamos usar máscaras, é necessário seguir essas orientações em relação à COVID.
O fato é que o ar que nós respiramos quando falamos contém bactérias. Existem muitas bactérias dentro da boca. O ar contaminado entraria pelo nariz, um ambiente úmido e quente, e, com tecidos em cicatrização, aumentam as chances de infecção.
Mas, é óbvio, essa informação somente poderá ser confirmada após estudos científicos sérios, realizados pelos principais cirurgiões do mundo.”
Cenário da Clínica Landecker
Na Clínica Landecker tivemos um aumento da incidência de infecções pós-rinoplastia, desde o início da pandemia. As causas exatas não foram determinadas, ainda estão sob investigação. Por esse motivo, não é possível determinar culpados nesse momento.
A única informação objetiva que temos é o nome das bactérias que causaram esse problema. Nos pacientes mais graves, temos 6 bactérias que, segundo os infectologistas, são bactérias que normalmente residem ou têm sua origem em hospitais.
Nos casos mais leves tivemos bactérias que estão normalmente presentes na região do nariz e, também, com bastante destaque ao enterococcus faecalis, que é uma bactéria presente nas fezes humanas e em animais.
Quais foram as providências que tomamos na Clínica Landecker?
Nós interrompemos as atividades duas vezes durante esse período, pelo intervalo de 7 a 14 dias, e auditamos todas as etapas do nosso atendimento.
E, ficamos felizes pois, nos últimos 5 meses em que estamos operando exclusivamente no Hospital Israelita Albert Einstein, fizemos mais de 50 de rinoplastias e não tivemos nenhum caso de infecção.
Estamos aguardando as investigações para determinar as causas exatas da contaminação de alguns pacientes da clínica, que ocorreram após cirurgias realizadas sem intercorrências. Nesse momento, os motivos parecem ser multifatoriais – sendo assim é recomendável ter cautela e cuidado para respeitar a dor da equipe médica e, especialmente, dos pacientes.
Como referências para leitura adicional, consultem:
- Trabalho inglês mostrando o aumento do número de infecções após cirurgias oculares devido às máscaras
- Publicação da CNN BRASIL
- Publicação G1 Globo News
Agradecemos os nossos pacientes e todos aqueles que mandaram mensagens de apoio incondicional!
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